sábado, 26 de maio de 2012

Hoje não quero títulos, nem figuras, nem algo do gênero.Não quero sol, não quero músicas, não quero a suavidade da poesia... Talvez eu esteja tão vazia que nem isso tem feito sentido. Li algumas das minhas postagens antigas e parece tudo tão ruminante.Por essa razão, ás vezes penso em apagar o blog mas se caso fizer isso... não tenho aonde desabafar... isso é extremamente triste e solitário mas é mais pura verdade. Hoje se completam 3 dias que eu não saio nem no portão de casa, trancada, isolada e sem motivação alguma. Até onde isso vai? Caramba! Tento lutar de toda forma mas nunca é suficiente nesse mundo porco. Acho que sempre tive essa questão depressiva dentro de mim, horas mais, horas menos acentuadas mas sempre ali... nunca ia embora por completo mesmo nas melhores fases da minha vida medíocre. O mundo não pára para você aprender a ser forte, nunca é como nos filmes que tudo acaba bem e feliz.Às vezes, mesmo você não sendo a vilã da história, você acaba sozinha e acabada. A cartilha da vida não é ensinada no ventre da mãe e nem tem um trailler para ter a noção para você se preparar para fortes emoções. È uma caixinha de surpresas que nem sempre são agradáveis e você precisa passar por cima como se fosse as fases do Màrio Word , mas no game o Mário tem algumas vidas e a gente só possui uma. Uma difícil que você precisa se agarrar á tudo para não perdê-la, fase após fase você aprende que logo após o abismo, tem um moeda ou não, tem um bicho que quer te matar... e você queira acabar com tudo pois sua alma grita por socorro e seu coração por paz. Pensa que o sono eterno seria a solução, bem... nem isso é tão fácil assim; já perdi as contas de quantas vezes tentei e não consegui, talvez eu seja um fracasso até pra isso. Bom, tenho 22 anos, moro só numa casa simples de aluguel dos meus pais pois minha mãe não me aceita na casa dela, tenho um empreguinho de merda aonde ganho uma mixaria e tem que ser o suficiente para me manter, ainda sou obesa mórbida pois faz pouco tempo que consegui minha cirurgia, não tenho irmãos, não tenho família, não tenho um amor.Aliás, tenho um casamento no papel ainda de 4 anos que não houve amor, que não houve respeito.Fui molestada quando criança.Tenho metade de uma faculdade que fiz obrigada por minha mãe, não tenho ambições ou sonhos plausíveis.Dizem que não há limites para os sonhos, mas nos meus sempre tem um pingo de realidade que talvez estrague tudo. Sou borderline, como se não bastasse eu enxergo o mundo da maneira mais sensível e sofrível que existe e estou sem tratamento pois aos olhos da sociedade pretendo me manter "normal" até que minhas cicatrizes e minhas mudanças bruscas de humor me desmintam. Ah, tenho uma cadelinha; acho que ela sim me é fiel.Vocês devem se perguntar se eu não vejo nada de positivo em tudo isso descrito, sim eu vejo mas o estagnamento me preocupa demais. Até aonde eu vou levando isso? Não tem sentido continuar dessa forma.Tudo que tento mudar , sempre acontece algo e atrapalha tudo! Parece que nasci para perder e ver a vitória dos outros esfregada na minha cara. O ar fica pesado, os pensamentos ficam sem sentido, a vontade é de sumir ou pegar uma mochila e sair no mundo sem rumo. Mas tudo isso logo você precisa tirar da cabeça,colocar uma máscara com um sorriso bem largo e fingir que não se importa com nada disso! Sim, isso dói bastante!
Tento ajudar a todos, me dedico, me preocupo, faço se sentirem especiais e o que ganho em troca na maioria das vezes? Desprezo! Isso é repugnante! Como o ser humano consegue ser tão egoísta, isso não consegue passar pelo meu coração sem me causar grande revolta. 
Já nem tenho palavras pra expressar toda a dor que sinto nesse momento. Só sei que dormir chorando e acordar sem nada mudar é enfiar uma faca no meu peito...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Despejando emoções

Às vezes é tão difícil falar de nós mesmos, tão complexo, talvez somente em ações poderia se destinguir algo no meio de um turbilhão de confusão. Tenta se mudar todo dia mas no fundo a essência é a mesma e não há psicológo ou coquetel de remédios que pode mudar um coração. Esse coração que sofre e que sente, que se machuca muita das vezes até sozinho, ou quando se coloca a confiança em outra pessoa... se machuca mais ainda. Sabe, ás vezes me pego pensando se tenho alguma essência, alguma motivação para viver... Não encontro nenhuma! Isso é realmente muito triste. Você viver no mundo como se fosse uma folha seca, indo conforme o vento leva. Não sou desse mundo como já cansei de dizer mas tento me adaptar, parece tudo em vão. Nada tem graça, tem conteúdo ou me leva a sonhar. Sou sempre inacabada, insuficiente. Isso dói. Sinto, logo dói. Queria ser como os outros que agem piores que animais ferozes em busca de sexo e status mas não consigo, realmente tenho nojo de pessoas assim e infelizmente é o que mais tem nesse mundo; tenho sentimentos e eles são extremamente intensos, não queria os sentir mas não tem os tirar de dentro de mim e jogar no lixo. Ainda não achei utilidade para eles já que ninguém compreende, ninguém sente igual, é complicado e dolorido viver dessa forma. Talvez eu deveria ser mais racional e agir de forma fria, camuflando sentimentos como a maioria mas sou uma eterna sentimental idiota. Dizem que o tempo traz o que precisamos, que tempo é esse que nunca chega? Ou como o tempo irá trazer algo que nem ao menos tenho a noção do que pode me preencher. Sou confusa demais! O choro toma conta de mim de novo, que merda! Esse vazio nunca sairá de mim? Tenho certeza que sou diferente de todos e se contar meus segredos, todos se afastarão pois serei vista como uma louca perturbada. Estou exausta de mim, logo agora que está tudo tão bem... pq me sinto assim??? Queria tanto descobrir e entender. Às vezes tenho a certeza que quero cobrir o sol com a peneira e fingir que não tenho nada, que o borderline não existe e que sou uma pessoa perfeitamente normal mas quando eu sinto, é algo tão intenso que não sei nem decifrar como se eu fosse morrer. Uma alma aflita. Um coração doído. Um pensamento longe, tão longe que nem eu sei aonde está. Aliás, nem ao menos sei aonde estou...